segunda-feira, 30 de agosto de 2010

não te quero mal, apenas...

Oi,

Está tudo bem comigo, se é o que quer saber. Na verdade, minha vida segue.
Bem melhor que há alguns meses. Não, não estou melhor porque não estamos
mais juntos.

Ainda vai levar um tempo pra fechar o que feriu por dentro...

Melhorei porque aconteceram coisas novas. Novos projetos, novos resultados.
Não, isso não te a ver com outra pessoa em absoluto. Se bem que... apareceu
alguém sim. Um alguém que me faz rir, o que é bom. E só! Só o que eu preciso
pra me sentir bem.

Natural que seja assim, tanto pra você quanto pra mim...

Eu sei. Tudo seria diferente se... se o que mesmo? Ah... é bom poder te ver
reconhecendo essas coisas. É por isso que eu resolvi respeitar esse teu afastamento.
Não tenho nada contra ti mas, pelo visto, tu tens. É claro que eu coloco a culpa em ti!

Ainda leva uma cara pra gente poder dar risada...

Pois é... passei um bom tempo procurando minhas falhas no final da nossa história.
E não encontrei nada que me comprometesse. Egoísta? Acho que sim. Egoísta é
uma palavra que te descreve bem. Eu achei que era algo da tua personalidade e
acabava relevando as vezes em que as coisas que me empolgavam te faziam sentir
sono. Mais tarde eu percebi que só o que te agrada é que importa, né?

Assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade...

Não, isso não faz com que eu te odeie. Eu já te disse que sentimentos ruins nunca
vão fazer parte de mim quando o assunto for a tua pessoa. Aprendi tanto... Sobre
relacionamentos, sobre homens, sobre sedução, sobre mim. E depois de tanto
aprender, só posso te agradecer.
Sinto carinho por todos aqueles momentos em que ficamos bem. Não me arrependo
de nada. O que falou mais alto? O meu amor é claro! Mas o meu amor por mim mesma.
Eu não podia mais viver sendo a tua válvula de escape. Sou muito pra ser só isso.
Ah, estou sendo prepotente? Não acho. Estou sendo aquilo que sempre fui: sincera
e calada. Sim, eu lembro das vezes em que tu me aconselhavas a ser mais aberta
porque a minha não franqueza não me permitia ser feliz. Fazer o que se eu tenho o
esfíncter entre o cérebro e a boca? Não consigo falar, e isso é só com você. Você não
me permite. Acho que falar o que incomoda liberta a alma. E faz dormir mais leve...
Então, por isso que você falava sempre. Mas agora é minha vez:

Não vou dizer que foi ruim... Também não foi tão bom assim...

Tá, eu sei bem que não vou te enviar isso tudo. Vou continuar respeitando o teu
silêncio e o teu distanciamento. Mal sabes tu que eu sei que estás vivo e bem. Tenho
meus informantes, sempre tive. E se estás bem, fico bem também. Afinal...

Não imagine que te quero mal... apenas não te quero mais!