segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
aburdo
sinto falta de madrugada. é entre as 2:34 e as 3:17. mensagens. ninguém entenderia que não fosse você. quase te ligo quando começa a chover. desisto. não saberia como reagir com seu "alô". o cheiro de chuva me seda de tal forma que não me recordo da última vez que escrevi sobre ti. é uma explosão de coisas pra dizer, palavras quase ditas, situações quase impraticáveis, abraços quase espaçados pela falta do que dizer. a gente sempre tem muito a dizer e nunca tem espaço entre o interstício de um olhar e uma vontade. é quase aquela coisa de perder pra se encontrar - eu disse quase. porque eu nunca entendo quando é que um me faz mais completa. é uma saudade absurda, quase ilógica. é estar sempre procurando fora as coisas que só fazem sentido dentro, sabe, meu bem? é se lembrar sem lembrar de tudo que se foi sem ao menos ter sido. real? mas como eu já disse, não vale a pena procurar as coisas pequenas que se perdem. lembro do meu avó, que me dizia: ainda bem que não se morre de saudade. muito menos de amor.