quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

À respeito do respeito

O respeito é a base de uma relação saudável, certo? Certo. Desde que idade aprendemos isso? Desde sempre, eu arriscaria. E desde quando você tem memórias da sua vida? Aposto que não é do momento em que uma enfermeira te enrolou num lençol de hospital. Aposto que a lembrança vem da tia Zilu do maternal, com algum brinquedo pra você ou tirando algum brinquedo de você. Por quê? Porque ela te ensinou que pegar o brinquedo do seu amigo sem pedir, ou bater nele para conseguir é feio. Ela que te ensinou respeito, na teoria e na prática.
Quando você cresce, muda de professores no ginásio, no ensino médio, e vai ter professores até o doutorado. Gente mais velha que você, gente mais nova. E assim mesmo, você terá que respeitar. Respeito, que fique claro, não é aguentar toda e qualquer atitude, mas sim saber expor um ponto de vista, quando acreditar que ele é válido sem maiores constrangimentos. Minha mãe é professora, e quando pensamentos estranho à respeito dos meus professores pairam sobre a minha cabeça eu lembro que ela também tem alunos e que eu não gostaria dos meus pensamentos dentro da cabeça deles (dos alunos dela). Depois de cinco minutos, quando eu me acalmo por qualquer desentendimento, eu lembro que eles também são mães e pais, namorados e esposas, filhos e irmãos queridos de alguém. Não nasceram professores, e dentro de casa, são como eu: respeitam e são respeitados. Pelo menos na teoria.