E quando eu começava a me acostumar contigo, a pensar em te chamar de meu menino. Você sumia, se metia no buraco mais fundo do mundo. Não tinha como te achar. Eu acho, afinal nunca cheguei a te procurar. Será esse meu erro? No fundo você queria a minha atenção quando sumia? Bom isto jamais saberei. Eu cheguei a gostar de ti, desse jeito estranho de ser. De como me fazia sentir segura e insegura ao mesmo tempo. Mas com tantas lembranças e deslembranças em uma das vezes eu esqueci de lembrar que era você. O telefone tocou, escutei o minha menina. Mas a essa altura eu já era a menina de outra pessoa e sua voz me soou estranha. Então o seu poder, da suas palavras, não fizeram efeito em mim.
Esses dias te encontrei na rua e você estava com uma garota e logo eu pensei: ali está outra menina que está sendo esquecida de ser lembrada. Vai demorar, mais um dia ela vai perceber seu jeito torto de ser. E se ela se importar, mais do que me importei com você. Talvez vocês fiquem juntos. Espero que sim, pois eu só me lembro de você quando você me procura. Então isso não é nem gostar. É apenas comodidade e faz tempo que eu não procuro isso, alias. Nunca cheguei a procurar, isso eu nunca precisei ser lembrada e nem nunca esqueci. Diferente de você que vive precisando esquecer de me lembrar ou lembrar de me esquecer...